Sven Fennema |
Olá, meu nome é Eduardo Ble.
E eu estou em um terminal de um voo super cedo, com quase nenhuma tomada que tenha a voltagem correta pra carregar o meu notebook. O único som que (infelizmente) faz aqui é de uma enorme britadeira usada para a reforma do aeroporto pela manhã, horário com menos movimento.
Mesmo com esse desconforto e quebra de perspectiva, ainda sim é bom se sentir como se eu estivesse no filme terminal. Repetindo que eu não estou fazendo uma obra pra tirar as cadeiras do lugar e montar minha cama, muito menos usar uma britadeira barulhenta que nem a...ah, a que está sendo usada agora.
Boas vibrações, boas vibrações.
Bom, o que eu queria falar é o seguinte:
Hoje eu encontrei um amigo...me faz pensar eu chamar ele de amigo, porque a gente se conhece faz pouquíssimo tempo, daquele tipo de pessoas que mesmo que faça um bom tempo que você a conheça, você conta nos dedos de uma mão quantas vezes se viram. As conversar nem são tão longas, mas a pessoa é tão cativante de conversar que são agradáveis."
Hoje eu o encontrei na rodoviária, esperando o ônibus pra vir pra cá. Ele entao disse:
- Cara, vou ser pai! - Com um sorriso no rosto.
Quando eu fui embora eu fiquei pensando, como uma pessoa que a gente vê tão poucas vezes em situações tão randômicas recebe tanta atenção nossa?
É bem bonito. Eu imagino encontrando ele daqui a 5 anos quando eu menos imaginava e ver ele contanto como anda a vida, ainda sim como se eu tivesse a mesma sensação de como foi conversar com ele horas atrás.
Eu falei: Olha, eu fico feliz quando eu te encontro, mas fico triste por as nossas conversas durarem tão pouco.
Tem gente que a gente conhece e que simplesmente é desse jeito: Alguém tratou de encaixar ela nos nossos dias, mas em poucos deles, com uma frequência bem diferente do que nós poderíamos imaginar. Talvez você seja uma pessoa assim pra alguém, mas afinal de contas, isso é apenas uma divagação de madrugada.