sexta-feira, 17 de julho de 2015

o amanhã é só mais um dia, eu disse

E minha amiga mostra sinal de preocupação. Eu rio E penso.

"Aquela, aquela pessoa que tanto amava fez um excelente trabalho em me esquecer totalmente. nenhum texto será em mim referenciado. Não há maior castigo daquele mal amado do que nunca ser  citado, como se nunca houvesse existido.

Me pergunto se isso alivia a consciência, se isso funciona.

Funciona?

sábado, 11 de julho de 2015

Diário aberto

Isso tem sido mais um diário do que um blog. Claro que não com a frequência diária, mas quanto aos pensamentos soltos e introspectivos.
Não escrevo para alguém mas sinto que gostaria de ser lido. Até mesmo um comentário não faria quebrar esse acordo escritor-leitor.
Olá.
Quanto tempo faz que não escrevo? Não sei. Não é como se tivesse alguém para escrever, mas continuo escrevendo. Para falar a verdade, eu tenho muita coisa para escrever nesses dias, muita coisa boa, muitas ideias interessantes e bastante conteúdo para o livro que, caso amém, saia esse ano.

Eu tenho pensado não só nesse livro, como em livros no geral. Tenho pensado como o intervalo de anos que a kamila tomou para escrever o seu livro deve ter afetado o ritmo da história e narrativa do começo para o final, o maravilhoso livro de Amanda Palmer que simplesmente mudou muito vários conceitos que eu tinha sobre o ser artista (ainda estou na procura para mandar um email de agradecimento) e como o mercado editorial deve estar de cabeça pra baixo por alguém ter classificado esses cadernos de colorir "adulto" como um livro. Jardim Secreto, cadê o texto?

Eu tenho pensado, como sempre faço. Eu admito, já estive em caminhos melhores nesse caminho de reflexão própria, mas é por estar agora nesse momento que eu penso o que penso. Penso muito no que sinto e como reajo quando memórias ruins me vem a mente.

É a fina linha entre você pensar no que você fez, assim como o que você fez a si mesmo no processo e acreditar que você não é isso, que você não é a encarnação do seu erro.

Eu entendo o pouco o que é o rancor hoje. Não faz muito pouco, diria que aprendi o que é isso faz uns quatro meses. É algo que eu não tenho certeza se posso lidar sozinho. É algo que eu não me sinto a vontade para compartilhar.

E é aqui que eu me encontro, sabendo da minha fraqueza, sabendo o quão falho eu sou e estou passando a ser. Não me conheço mas também não vou cair na ilusão que sou o que fiz, mesmo que outros passem acreditar nisso.
Me parece que eu estou sendo específico mas na verdade o que passo é algo que todos passam. É algo que temos que identificar e demonstrar empatia, ser mais claros verbalmente. É uma linha fina.

domingo, 10 de maio de 2015

fragmentos de conversas

- Oi
- Olar
- Saudade


eu tava pensando em você nesses dias

tipo o que você estaria fazendo

e também lembrei de ti no meu aniversário

Eu podia ter te mandado um recado, porém acho que só me contentei em lembrar.

Estranho isso, não é? Talvez eu estivesse sentindo mais em lembrança do que com você ao meu lado.
bom, acho que não era isso que você esperava que eu dissesse, haha...
nem eu na verdade.

Eu tenho muito a dizer, muito menos do que o que sinto.
E o vento bate nos lençóis.

Eu tenho muito a sentir, muito mais do que tenho a mostrar.
E as gotas molham o meu rosto.

Eu tinha muito a mostrar, muito mais do que a vontade
E meus pés doem
Eu perdi o meu caminho.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Demon Days


In these demon days,
It's so cold inside,
So hard for a good soul to survive
You can't even trust the air you breath
Because Mother Earth wants us all to leave
When lies become reality
You numb yourself with drugs and TV
Lift yourself up it's a brand new day
So turn yourself round
Don't burn yourself, turn yourself
Turn yourself around
Into the sun!

terça-feira, 14 de abril de 2015

sábado, 11 de abril de 2015

Sobre sinceridades e confusões.

Um ano e meio atrás, havia na minha sala de aula uma colega da qual não preciso dizer o nome. Não conversávamos, fazíamos alguns trabalhos em grupo juntos e...só isso. Podiam passar semanas e geralmente meses sem ela me ver, mas sempre que ela me via, ouvia a mesma resposta, dita de forma bem automática.

- Oi Edu, como tá? Saudades. - e se virava para outro lado ou engatava em outro assunto sem esperar minha resposta.

Pensando nisso, eu lembrei da primeira vez que eu senti na pele como era a resposta de uma pessoa sincera, quando eu falei exatamente a mesma frase da minha colega acima para outra pessoa, seguindo com ela respondendo:

- Não, você não está com saudades.

Era verdade.

Não vou mentir, eu exerço a mentira em suas várias formas, como todo mundo. Quando não é uma declaração verbal, um gesto falso, é em sua profundidade, eu querendo acreditar que algo aconteceu de certa forma quando na verdade foi o contrário.

Uma vez ela me disse:

- Eu te amo, mesmo terminando desse modo.

Eu gostaria de acreditar que não é verdade, que ela não sabia o que estava dizendo ou só diria o que pudesse aliviar minha dor naquele momento. Há várias formas de pensar e querer interpretar essa afirmação. Eu as vezes pego o caminho mais fácil e tento acreditar que isso não é verdade.

Mas vocês, todos vocês estarão de prova: No dia em que os céus descerem em forma de sombra sobre a minha cabeça, junto ao baixo som grave junto aos meus ouvidos, eu irei levantar minha cabeça e falar para mim mesmo: Você, Eduardo, não pode escapar dessa dor, pois é a sua vivência, você goste disso ou não.

Há momentos em que você os recorda com um sorriso no rosto. Há momentos em que não importa quantos sentimentos bons se expressavam no seu rosto ao vive-los, alguma coisa ferrou com tudo e você não consegue mais olha-los como era antigamente. Onde está minha sinceridade em negar isso? Uma realidade tão dura como uma porta do banheiro batendo no seu rosto quando você pretendia sair.

E sinceramente? Quem não quer sair e deixar o que foi para trás? Talvez para ti, já tenha até passado a hora. Eu não vou dizer que estou pronto para tal, mas, talvez para ti, já tenha até passado da hora.

Eu não sou uma pessoa boa para receber palavras de conforto em meio ao caos que foi criado. Mas sabe de uma coisa? Sempre há algo sobre nós que alguém evita falar sobre, por vários motivos. Ninguém é uma exceção nisso e se vocês não derem um jeito de conviver com essa verdade, eu tenho é pena.

Pena, de mim que se encontra na dualidade da aceitação e negação. De você, que procura uma fundação nas nuvens brancas, ao invés de procurar nas raízes mais profundas dessa terra sábia que por muito já passou e hoje firmemente permanece.

domingo, 29 de março de 2015

O significado da arte

Já tem um tempo que eu me pergunto: O que é a arte?

Eu li alguns livros sobre (dos quais eu nunca terminei), conversei com muita gente, ouvi opiniões, mas nada prendia na minha cabeça o suficiente para eu me convencer de que tal descrição é, arte.

Então aconteceu a terceira edição do Inactu de 2014, onde fiz parte. Poderia dizer que muita coisa mudou a partir daí. A grande parte delas foi pelo conflito de ideias, conceitos e visões com outros artistas. Só recentemente pude, em minha mente, dar um nó em todos momentos que ocorreram na edição.

A segunda razão foi quando comecei a rascunhar meu livro. Ora, meu livro em si é sobre experiências artísticas que acontecem dentro de uma história, mas isso poderia ter sido muito limitado conforme eu vejo meu mundo. Ainda é de certa forma.

Então, um dia eu cheguei a formular uma descrição sem querer: Arte é o "E se". Arte é o imaginar, é pensar o mundo de uma forma que ele não é. Se tal coisa fosse diferente? Se o x fosse o y? Isso é arte.

Após pensar novamente, essa descrição se encaixa muito bem com a loucura que minha cabeça produz diariamente. Cada ideia, cada vontade de criar vem da necessidade de mudar o atual para algo que não existe.

Minha cabeça é um mundo e o avesso do mundo que eu vivo é arte.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Dia de Saturno

Já comentei que esse blog de certa forma virou um tipo de diário?

Ele tá bem longe de ser um diário na real (até por que o meu está morto, muahaha), mas tem sido inevitável sabe. Esses meses foram meses intensos de descoberta, então a vontade de falar sobre mim é mais forte do que nunca. Na verdade é mais o interesse de registrar e compartilhar com quem tiver interesse em ler, então aqui vai.

Hoje eu vou contar sobre:

A incrível saga do dedo inchado.

Sim, dedo inchado.

Eu estou com um inchaço no meu dedo do meio da mão esquerda. Todos os dias eu cuido dele e coloco um band-air para proteger pelo resto do dia.

Uma das coisas mais características de um dedo inchado é que, quando você, ao fazer um pequeno gesto como encosta-lo em alguma superfície, a alta sensibilidade do inchaço vai automaticamente fazer você perceber que ele está ali. E doí. É algo pequeno, porém quando é para mostrar que existe, você sem dúvida alguma vai perceber.

Parece muita coisa indesejável na vida, não? Pois é, vai ai um pensamento solto para ocupar a cabeça vazia de vocês.
Quero eu dizer algo com isso? Não.

O que eu gostaria de dizer hoje é:


  • Hoje é uma sexta-feira e, como de praxe, mais uma madrugada do ano que eu não consigo dormir.
  • To considerando excluir o facebook. Esses meses sem usar as redes sociais tem sido quase uma transformação.
  • Comprei um caderno A4 sem pauta simplesmente MARAVILHOSO para começar a escrever/rascunhar meu livro.
  • Os CDs novos do Phoenix e do Interpol estão muito bons.
  • Tive um pesadelo ontem. Normal.
  • Meu aniversário está chegando e não consigo imaginar eu passando essa data querida de uma forma bem solitária, ignorando qualquer recado mal feito recebido pelo facebook. Um email seria mais interessante, pensando agora...
  • Os dias são muito mais difíceis quando você encara seus problemas de frente.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Este é um post sano.

Ok, lá vamos nós. Vamos aos fatos:

Fato #1: Definitivamente não vou me lamentar ou me criticar nessa postagem. As lembranças rotineiras já fazem isso por mim e posso dizer que to fazendo um trabalho moderadamente bom em responde-las com um sorriso.

Fato #2: Em virtude de eu ter me desligado da minha vida virtual e imaginar que pouquíssimas pessoas ainda mostraram interesse em ler esse blog (teve uma postagem do mês passado que foi visualizada 27 vezes, o que me assusta um pouco), admito que nessa postagem não jogaria indireta para ninguém, muito menos para mim ou quanto a mim.

Fato #3: Essa vai ser a postagem oficial de uma mente limpa e menos nebulosa. Isso é importante? Depende de quem se interessa. Eu me interesso? Sim, mas não a ponto de escrever isso para alguém. Hoje eu pensei nos fatos #1 e #2 e pulei do banho direto para o blogger na vontade de escrever pra mim e minha pessoa somente.

Aqui vou compartilhar em primeira mão algumas (não todas) coisas que estou fazendo e que tem me deixado distraído/animado/feliz. E dizer que eu estou feliz sempre, sempre, sempre foi algo muito estranho de entender, mas vou comprar a ideia nesses vinte minutos de texto.

Lista do que estou fazendo


  1. Um livro, do qual ninguém vai saber que sou o autor.
  2. Escrevendo uma proposta para que a Exposição InActu vire um projeto de extensão e alcance o merecido destaque.
  3. Abdominais. Na verdade, exercícios em geral usando somente o corpo como peso. Difícil explicar como estava feliz quando conseguir plantar bananeira com as pernas abertas e me manter 3 segundos sem apoio.
  4. Trabalhando, muito. To ficando mais tempo no decanato de extensão e indo direto para o Senado. Não tenho ideia de como tudo vai ser quando meu semestre começar.
  5. Fazendo minha grade para pegar todas as disciplinas que eu preciso para me formar esse semestre.
  6. Pagando dívidas. Metade já foi! (na verdade mais que metade, eu acho...não sei, enfim, estou pagando e mês que vem provavelmente quitando).
  7. Bebendo pouco, ESPECIALMENTE em comparação com ano passado, quando em fevereiro/março cheguei a vomitar em uma parada de ônibus. Sei que se nesse ano não ficar bêbado, realmente não vou ficar surpreso.
  8. Lendo um livro por semana. Ontem terminei o Guia do Mochileiro das Galáxias vol. 3 e hoje comecei Neil Gaiman. Admito que Gaiman não é um ator que me prende, mas como eu tava desesperado enquanto abria minhas caixas de sapato procurando livros não acadêmicos para ler, encontrei uma grande caixa de papelão que construí ano passado e vi um lindo Coisas Frágeis vol. 2 devidamente embrulhado. Começamos bem.


Quanto a amizades, well, tem sido difícil, mas na minha necessidade de chamar alguém para conversar definida em uma vez por mês, tenho aproveitado os momentos.
Comecei uma agenda. To controlando os gastos e o que to comendo. E PASMEM (meio gay eu sei) que em um mês essa mudança alimentícia me fez emagrecer consideravelmente.

Tudo isso não faz a vida mudar o que tem sido desde o começo do ano. Não faz eu errar menos no passado e definitivamente não me faz ganhar o tanto que queria para ajudar a comunidade, porém tem me distraído. Tem me distraído de sonhos repetitivos, da culpa, da vontade louca e irresponsável de abrir uma janela de conversa e outras tantas coisas mais. Tem sido bom? Hm...sim, mas pode ser melhor.

Sempre tem como ser melhor,

Uma frase que eu pensei hoje no ônibus e quero registrar aqui por que não vejo outro lugar para isso:

"E ele falou para o viajante:
- Você mudou tanto desde a última vez.
No que ele respondeu:
- Eu sempre me mudo."

E outra frase que soa como uma profecia de um projeto que vai acontecer nesse ano:

mas como eu falei, outra pessoa vai ficar encarregada de tudo isso e vai comunicar, aproveitar esses cacos melhor do que eu nunca farei. E vai melhorar a vida de muitas pessoas.

E para terminar

Fato #4: Se você, seja quem for, estiver lendo isso, faça o seguinte: Não me procure. Eu não quero ser procurado, só surpreendido. Deixa a procura por conta de quem escreve.

domingo, 25 de janeiro de 2015

sábado, 24 de janeiro de 2015

Passou-se.

- Isso vai passar - disse ele para si mesmo.

Meses correram após essa frase. Aniversários não foram comemorados, datas especiais foram deixadas de lado, frases bem feitas perderam o efeito.

Ele olhou os meses correrem e disse: Passou.

O esquecimento é tão constante para uma vida tão breve. É triste. Me impressiona como os artistas da palavra conseguem beleza disto. Não é bonito na realidade.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Primeira viagem de metrô

- Olha, que legal! Olha, que legal! Olha, que legal! - repetia a criança entusiasmada olhando para a janela que revelava o subsolo da estação do metrô. Eu olhava distraído no relógio esperando a hora passar quando ouviu essa repetição no mínimo mais de cinco vezes, seguia depois de um:

- Olha, que irado! Olha, que irado! Olha, que irado!

Na sinceridade de uma criança contando uma experiência, ele me disse:

- Eu nunca andei de metrô.

E me olhando bem a fundo, ele me pergunta:

- É legal?

Comecei a gaguejar pelo tamanho da surpresa que me engasgava. respondia "é bem legal." e via como ele ficava animado em perguntar mais e tentar ter uma ideia do incrível momento que iria viver daqui a alguns minutos:

- Você já andou de metrô? Como é? Tem muita gente?

- Nesse horário não, mas geralmente é bem cheio.

- Eu vou pra Estação Shopping, é longe?

- Não não - respondia.

Ele voltou a olhar para a janela do subsolo. Sua cabeça devia imaginar um milhão de coisas por segundo: Qual lado eu vou pegar? Como será que entra? Ele vai rápido? Vai devagar?

E então, depois de ter recuperado uma boa porção de ar, eu digo sem ele esperar:

- Tenta ficar na janela.

Pra quê. O garoto ligou um farol de luz pelos olhos. "Ficar na janela? O que tem lá? É melhor do que não ficar na janela???". Essas eram as perguntas que davam pra ler só pelo modo como seu corpo se movia.

Ele por fim, pergunta, antes de sua vó lhe chamar após ter esperado a fila e ter comprado as passagens:

- Faz tempo que você andou de metrô pela primeira vez?

- Faz - respondi - eu era do seu tamanho. Hoje nem lembro como foi na época, mas...foi bem legal.

O garoto seguiu os passos de sua avó, passou pela catraca e seguiu o seu destino. Eu lacrimejei bastante sem nenhum motivo claro naquele momento. Fiquei no meu posto e vi o metrô passar. O garoto foi, eu fiquei.


sábado, 3 de janeiro de 2015

Acordar nunca foi um ato tão horrível a ser feito. Respirar nunca foi tão sufocante e meu peito raramente doeu da forma que doí nesses dias.

Eu fiquei me perguntando ontem:
- O que fazer quando você cai? Quando a sua queda foi tão repentina, seu corpo é muito pesado e o chão encontra seu rosto com a vergonha gélida. Quando uma das atitudes que você mais acredita que não deviam mais existir no mundo se manifesta na própria carne?

- O que você faz quando caí?
Alguns tentam se levantar.

Mas é difícil. É difícil por várias razões. Pra onde olhar quando você levantar seu rosto? Pra onde eu deveria ir agora? E mesmo se eu pudesse andar, eu deveria andar o caminho que sempre quis depois de uma tragédia?

Poderia eu pensar que o caminho que eu idealizei não me quer mais. Que eu talvez não fosse mais merecedor do que sempre quis.

...

É uma queda. Feia. Pesada. Machuca você por que machuca outros. Outros que você se importa, que você ama, que você nunca gostaria de machucar.

Machuca por que não tem solução, não tem como compensar, voltar atrás.

Só há o perdão. E quanto a receber esse perdão você não pode fazer nada além de dizer com toda sua sinceridade o quanto sente muito, o quanto sabe que nada justifica e que vai conviver com o que fez pela vida inteira, o quanto isso te deixa acordado pela noite assombrado. Você toma essas atitudes, entrega na caixa de correios e espera um dia, um dia, o remetente te responder de volta com um "Eu te perdoo". E mesmo assim ainda tem o processo de SE perdoar, que talvez nunca aconteça. Parece mais uma questão de fé acreditar que tudo vai dar certo, quando a realidade pode te responder o que você não quer ouvir. As chances são bem altas.

O que eu quero fazer quando me levantar é acreditar que eu não sou o que me machuca e machucou os outros hoje. Eu não posso negar o fato que cometi erros, mas eu não sou eles, eles não podem definir o meu caminho. Eu não posso deixar eles de lado, mas posso usar eles como uma razão para tomar atitudes novas.

Eu, uma semana antes do ano novo, cerrava meus punhos com um pensamento que era como um sinal constante, uma pulsação: Eu preciso ser melhor. Eu sempre precisei. Então eu agora me pergunto, mesmo pensando que não estou preparado para me levantar (ou talvez não queira, afinal eu não vou esquecer da queda mesmo caminhando): Como isso pode me fazer ser melhor?

Eu faria tudo pra o que tivesse acontecido nunca de fato, acontecesse. Eu me importo com quem machuquei e esse é o único motivo pelo qual eu estou assim como estou. Percebo agora que, depois de ter feito a última pergunta e ter escrito esse parágrafo, ainda não tenho minha resposta.