sexta-feira, 20 de abril de 2012
A viagem que não teve volta.
- Senhores, hoje eu peço mais uma vez a sua atenção, venho aqui comunicar-lhes que estou chorando.
E assim iria começar mais umas horas, mais alguns minutos da vida de Billy. Colocada essa frase gravada em um pedaço de madeira, obra na qual gastou um bom tempo para completa-la, deixou aquele humilde túmulo.
Haviam se passado tantos momentos preciosos até esse dia, mais especificamente, 527.040 minutos. E lá estavam eles dois, reunidos por algo que era raro acontecer entre eles: Por um compromisso.
-Eu sinto a sua falta como uma parte de mim que me deixou pra me ver crescer. Eu costumava falar recitando poemas sabia? Hoje eu mal lembro que tenho uma voz, eu sinto sua falta meu amigo..
Prostado em frente aos galhos mais altos da grande Árvore! Uma das árvores na qual Billy sempre amou, sempre a fez testemunhar seus risos e principalmente, sempre o inspirou devido a sua grandeza, porém de alguma forma misteriosa, mantendo uma postura respeitosa a todo visitante. Hoje essa árvore está em sua maior parte embaixo das águas desse oceano que seu topo descobre a vida. Hoje eu estou chorando.
- Aconteceu tanta coisa desde que você não pôde mais fortalecer as suas raízes, meu amigo. Hoje tanta coisa que eu não sei entrou em mim, tanta coisa...Porque antes eu escutava, mas você dizia que agora eu posso produzir aquilo que eu escuto e que eu me identifico. Porque você dizia que eu tinha algo de especial em mim a oferecer...eu sempre tive a impressão que você, minha árvore, ainda está por ai criando os seus galhos...
Porque ele disse que ninguém morre, ainda mais quando Billy o guarda em seu coração.
PS: Vocês sabem aonde me encontrar nesse dia, eu vou estar lá.
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