domingo, 8 de abril de 2012

O ponto e a curva.

Ele acordou mais uma vez.

Vestiu o pijama de sempre, levantou-se do jeito de sempre, fez a rota de casa como sempre: alongamento básico, banho, café da manhã e escovar os dentes. Mais outra saída de casa igual as outras. Logo ele tinha se deparado com algo que nunca tinha visto antes: Todos estavam usando calças coloridas! Listradas, xadrez, abstratas, com uma cor viva, cores circulares, todos! O que aconteceu? Não havia um que não estivesse caracterizado de tal modo igual.

E ele não, havia construido seu modo de se vestir depois de ter pensado o que realmente gostava, tentando exteriorizar o que tinha sido influenciado em suas escolhas para achar em si mesmo o que o agradava da maneira mais pura. Ele não achava que isso era um pensamento diferente, só mais adequado para ele. Também não chegou nem a pensar o que levaria todas as pessoas a se comportarem de um modo tão único, apenas ficou com uma grande curiosidade desde então. O levou as pessoas a se decidirem? Havia tantas perguntas que queria fazer. E também havia muito a perguntar. Certa vez perguntou porque a tristeza não poderia ser bem vinda, por acreditar que não somos feitos só de alegria (mesmo necessitando dela essencialmente), porque recusar algo que lhe traz a oportunidade de pensar um pouco? Sabia que ela não poderia permanecer por tanto tempo, pois pensar demais leva a erros que não precisavam acontecer.

Quando lhe responderam que ele era triste, ele riu como fazia tempo que não havia rido. Porém se entristeceu pela resposta, mas dormiu bem. Quando lhe responderam que ele não iria conseguir essas respostas, ele entendeu. Quando lhe disseram que ele não ia ser entendido, ele não dormiu.

E lá foi ele viver mais um dia, se perguntando e perguntando a si.

Nenhum comentário:

Postar um comentário