sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Arrependimentos puxados na cordinha.



Ele pegou o ônibus depois de um dia curto de trabalho, sabia que estágio seria um paraíso se tivesse experiência com outros trabalhos que cobrassem horas a mais de trabalho, o que muitos chamariam de trabalho de verdade, e com razão.

Sendo sempre um dos primeiros a entrar no ônibus, já escolheu seu lugar à janela e se acomodou colocando sua música para fins instropectivos. Enquanto isso, ele observava as pessoas que passavam pela catraca, inclusive um homem com uma barriga bem gelatinosa demonstrando uma demora para passar. O tal homem se aproxima e pergunta - posso sentar aqui? - Claro. Sua presença ao meu lado agoniava, ele só queria se isolar durante sua viagem em suas músicas que tentavam relaxa-lo embaixo do sol. Porém não aconteceu, este homem pretendia lhe investigar através de conversas como odiava o carnaval citando PC Siqueira, sua desistência de nove cursos, a nova falta de motivação para continuar o curso atual de administração, como precisava fazer algo sempre para não comer tanto. E ele desconversava com frases curtas mesmo já desistindo de deixar um fone de ouvido na orelha que apontava para a janela. Provavelmente este homem nem notou muito, pois havia momentos onde aconteciam comentários curtos como entre os dois para iniciar outros assuntos dos quais este homem sempre puxava, junto com perguntas e mais perguntas.

E esse interrogador fazia questão de encara-lo com seus olhos cujos globo se puxavam mais para frente. De fato sua aparência não era a das melhores se fosse contar no geral. Escondia seu cabelo curto encaracolado em um pequeno boné branco e mostrava uma falta de conteúdo que surpreenderia como começava os assuntos. Porém era um bom comunicador e fazia questão de querer atenção.

Ele não aguentava mais e finalmente praticou seu plano maligno: Desceria ali mesmo para pegar um ônibus depois. Cortou o assunto e disse: Vou descer aqui e fez um comentário rápido antes de apertar sua mão, tinha que agir natural. Desceu, mas não foi somente seus pés que tocaram o chão, como também sua alma. Se sentira mal, mal porque este homem não o fez por mal, sua essência nao mostrava sinal de segundas intenções a não ser querer dialogar com alguém para se distrair da viagem. E ficou no lugar onde desceu muitos minutos depois que o ônibus ir continuar seu destino. Traira sua confiança social mentindo por uma razão muito rasa, achava que seu momento consigo era mais importante do que uma conversa informal, porém, nesse momento a única pessoa que ele não queria acompanhado era com ele mesmo.

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